Quais deverão ser as “regras de ouro” para as próximas eleições?

Quais deverão ser as “regras de ouro” para as próximas eleições?

Veja a matéria original em: http://www.infomoney.com.br//mercados/politica/noticia/7205801/quais-deverao-ser-regras-ouro-para-proximas-eleicoes

SÃO PAULO – As discussões atabalhoadas sobre uma possível flexibilização na chamada “regra de ouro” da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que permitiria a emissão de títulos pelo governo para despesas correntes, puxou o pino de uma granada que viria a explodir na noite da última quinta-feira (11), com a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixando a nota de crédito brasileira de BB para BB-. A instituição vê com ceticismo a capacidade da atual gestão em conduzir agendas como a reforma da Previdência e tal leitura já trouxe seus impactos políticos. Em um momento em que as equipes econômica e política do presidenteMichel Temer tentam atrair os votos necessários para avançar com a proposta de emenda constitucional na Câmara, as atenções do mundo político cada vez mais se voltam para o xadrez eleitoral.

A incógnita domina o panorama da corrida presidencial. Do lado das esquerdas, a indefinição sobre a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje líder nas pesquisas de intenção de voto, concorrer deve persistir até as vésperas do primeiro turno (ou ir além e terem uma definição verdadeira depois do fim das eleições). Já no espectro governista, nenhum nome até o momento ventilado empolga o eleitorado, o que dificulta as condições de um potencial candidato de aglutinar a centro-direita. Enquanto o governadorGeraldo Alckmin tenta confirmar o favoritismo e consolidar nome, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) segue sonhando com a possibilidade de surfar na onda de uma recuperação econômica robusta. Além deles, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), agora põe em prática uma agenda ousada para testar suas condições eleitorais. Na extrema direita, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) ensaia uma marcha ao centro para ampliar os horizontes de sua candidatura. Hoje, o parlamentar ocupa a segunda posição nas pesquisas, mas terá de enfrentar o pouco tempo de televisão, a frágil estrutura partidária do PSL, a falta de recursos e uma recente onda de denúncias contra si para obter êxito na disputa. Enquanto as peças no tabuleiro eleitoral se movimentam, o governo tenta avançar com mais pontos de sua agenda de reformas, com destaque para a pauta de privatização da Eletrobras, que tampouco consiste em desafio simples.

Para entender melhor o complexo cenário que desponta no horizonte político neste ano decisivo, o programa Conexão Brasília desta sexta-feira (12) recebe o analista político Paulo Gama, da XP Investimentos. A transmissão é feita ao vivo pela InfoMoneyTV, a partir das 14h45 (horário de Brasília), e pode ser acompanhada abaixo:

Talvez você também goste