O sinal amarelo que foi ligado para o governo logo na abertura dos trabalhos no Congresso

O sinal amarelo que foi ligado para o governo logo na abertura dos trabalhos no Congresso

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SÃO PAULO – Logo na abertura do trabalho do Congresso na última segunda-feira (5) acendeu a luz amarela na base aliada do governo de Michel Temer, aponta o jornal O Estado de S. Paulo. Isso devido ao baixo quórum na sessão inicial do ano, que mostrou que o governo não conseguiu demonstrar força no momento em que tenta articular a aprovação da reforma da Previdência.

Segundo o jornal, dos 513 deputados, apenas 75 marcaram presença na Casa, enquanto a quantidade de senadores também não foi expressiva. Na contagem não-oficial do número de parlamentares, segundo um assessor ouvido pelo jornal, cerca de 200 participaram da sessão.

Assim, na avaliação da oposição, o baixo número de parlamentares mostrou que o esforço do governo pela aprovação da reforma não tem surtido efeito. “O Palácio do Planalto trabalhou o recesso inteiro e não conseguiu aumentar apoio para a Previdência. Agora, se depender da gente, pode até votar a reforma”, ironizou o líder do PSB na Câmara, deputado Júlio Delgado (MG).

Porém, de forma oficial, os governistas minimizaram o baixo quórum, apontando que a maioria dos parlamentares costuma chegar a Brasília a partir de terça-feira e também afirmaram que, por conta da proximidade com o carnaval, muita gente já está viajando.

Apesar do governo tentar manter o otimismo, a avaliação é de que a chance de aprovar uma reforma da previdência, mesmo que ainda mais diluída do que está atualmente, é baixa, conforme ressalta a consultoria de risco político Eurasia Group. Os analistas da consultoria veem cair as chances de 30% de aprovação da reforma esse ano.

Contudo, isso não quer dizer que o governo não possa passar mais propostas da sua agenda esse ano. “Enquanto os partidos da coalizão discutem se vão desistir da reforma da previdência, o governo tem uma série de outras propostas para se concentrar. Isso inclui a privatização da Eletrobras, uma simplificação dos impostos federais do PIS / Cofins e mudanças na tributação dos fundos fechados entre as medidas econômicas que provavelmente passarão no rígido calendário legislativo deste ano, antes que as eleições de outubro dominem a agenda no segundo trimestre do ano”, aponta a consultoria.

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